90 minutos de massacre

Depois que o Flamengo perdeu a invencibilidade para o Atlético-GO de forma humilhante, apostei com um amigo que o time não faria 5 pontos nos 5 jogos seguintes. Dito e feito. Na Gávea é assim: ou tudo vai bem ou tudo vai mal. Tava na cara que o "ano mágico" iria acabar antes de dezembro. A realidade hoje é um mísero quinto lugar e sete pontos distante do líder. Na zona da Libertadores, é verdade, mas graças ao Vasco - pasmem.

O jogo hoje foi um exemplo bem acabado da fase. Vivemos do talento do Ronaldinho. Ele tenta de todas as formas organizar o time em campo, mas o pessoal não ajuda. É chutão sem parar. O Felipe foi o grande nome do jogo, mas ainda assim vacilou nas péssimas saídas de bola e no excesso de cera. Thiago Neves, coitado, totalmente perdido em campo, sem função e só atrapalhando. Renato Abreu reclamou tanto que esqueceu de jogar.

Williams irreconhecível, errou demais e não ajudou o time. A zaga atabalhoada. Se não bastasse um Welligton, agora o Flamengo tem dois. Isso porque esse tal Gustavo é um maluco! Para quem já viu Gamarra, essa zaga é de fazer chorar. Resultado: um massacre corintiano. O Flamengo se acovardou, encolheu, aceitou a pressão.

Mas há luz no fim do túnel. Pelo pouco de conheço de Flamengo, acho que o time agora voltará aos eixos. O clube vive desses momentos de ruptura. Hoje nitidamente encerrou-se um ciclo. Pode apostar que nos próximos 4 jogos serão 4 vitórias. Ainda dá pra brigar pelo título. Só precisa o pessoal entender que futebol tem 90 minutos. É preciso persistir até o fim. Fazer 1 a 0 e segurar nada tem a ver com as tradições clubísticas do rubro-negro.