domingo, 21 de dezembro de 2014 às 10:42

Léo Moura, o último dos moicanos

Crédito da foto: http://www.metrojornal.com.br/wp-content/uploads/2013/11/flamengo-campeoa-copa-do-brasil-Ricardo-Moraes-Reuters620.jpg

Léo Moura renovou o contrato até o final do Campeonato Carioca. Sério?! Quem ficou satisfeito com isso?

É uma pena que o Flamengo não consiga aprender com os próprios erros. Lembra do Petkovic? O clube aposentou o sérvio à força. Minaram o craque até ele entender que era descartável. Inventaram um jogo de despedida contra o Corinthians no Engenhão. O que ele fez? Destruiu com a partida. Foi o melhor em campo e deixou claro que a aposentaria naquele momento era um erro. Depois dele nunca mais o time teve um camisa 10.

Três anos depois a história se repete. Coincidentemente com Luxemburgo no comando.

Léo Moura é o último dos ídolos, acostumado com título, tem mais de 500 jogos pelo clube, 10 anos de casa e muita lenha para queimar. Não existe camisa 2 do tamanho do Léo Moura.

Por que aposentá-lo? Ele não quer, a torcida não quer, a imprensa não quer. Talvez seja por que o Léo Moura não tem valor de mercado. Empresários gostam de troca troca para faturar. Será o elevado salário? Ele deve ganhar por uns dez Carlos Eduardo. Será pelas contusões? Mas para isso há contrato de produtividade.

Infelizmente a alternativa encontrada pela diretoria para descartá-lo sem aborrecer a torcida, foi estender o contrato até o fim do Carioca. Nada contra o estadual, mas não precisava ser assim. Léo Moura faz parte de uma linhagem do futebol brasileiro que está em extinção. É um craque à moda antiga, tem identificação com a torcida, joga com raça, técnica e sangue no olho. Léo Moura é o último dos moicanos!
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