sábado, 22 de maio de 2010 às 12:27

A batalha de Santa Laura

Império do Amor

Eu nunca torci tanto, gritei tanto, sorri tanto e chorei tanto. Tudo numa noite. Tudo durante 90 minutos de uma partida alucinante. O Flamengo foi incrível: marcou em cima, mordeu, tocou a bola, teve calma, jogou com raça, determinação, sangue no olho. Os jogadores pareciam esfomeados correndo por comida, salvação. Todo jogo deveria ser assim. O mengão tinha que soltar os cachorros sempre!

Assisti ao jogo em Picos, com meu amigo Marciel. Estou acostumado com a grandiosidade da torcida do Flamengo no interior do Piauí, mas mesmo assim fiquei surpreso com a força da massa na Capital do Mel. Fui pro reduto dos flamenguistas, lugar no alto da cidade. Horas antes da partida, não havia mais cadeira, espaço, cantinho, nada. Lotado! Puxei um gradeado de cerveja e me arrumei perto do balcão. Era tanto entra e sai que quase virei garçom.

O jogo começa. O time do Flamengo começou muito bem. Dominamos o primeiro tempo. Mas a falta do gol foi diminuindo a empolgação. Aquela paulada do Léo Moura no travessão fez tremer a cidade. Era só o que a galera precisava para voltar a gritar. O golaço do Vagner Love, concluindo a bicicleta do Imperador, era o que faltava para ter a certeza da classificação. A zaga estava firme, sem muitos sustos. O que era bom sinal.

Vem o segundo tempo e sai o gol do LaU. Pôrra! Nossa única falha no jogo. Injusto. Tristeza? Apatia? Não. Ainda restava tempo. Jogadaça do Léo Moura, gol do Adriano. Pulei alto, agora só faltava o gol decisivo. Fechei o olho e vislumbrei um Ronaldo Angelim subindo na área, cabeceando e saindo correndo que nem um louco. Mas o Magro de Aço não teve essa chance, Vinicius Pacheco sim. Aos 48 invadiu a pequena área com a bola e preferiu cair a chutar. Foi pênalti sim! Mas nunca, nunca mesmo, o árbitro marcaria.

Ganhamos o jogo, mas perdemos a classificação. Não compartilho com aqueles que culpam o primeiro jogo pela eliminação. O Flamengo foi eliminado no jogo de volta, em que não conseguiu abrir dois de vantagem. Não teve competência. Só isso. Talvez se o treinador entender a importância do Petkovic ao time, um dia voltaremos a ser campeões . Agora é bola pra frente. Vamos em busca do hepta no Brasileirão.

Ficha técnica:
UNIVERSIDAD DE CHILE 1 x 2 FLAMENGO
Bruno; Léo Moura, David, Ronaldo Angleim e Juan; Toró (Vinícius Pacheco), Willians, Kleberson (Bruno Mezenga) e Michael (Petkovic); Vagner Love e Adriano. Técnico: Rogério Lourenço
Gols: Vagner Love, aos 46 minutos do primeiro tempo; Montillo, aos 28, Adriano, aos 32 minutos do segundo tempo
Estádio: Santa Laura, Santiago.
Data: 20/05/2010.
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